Desde os tempos arcaicos, o trabalho constitui a forma de construção das sociedades, o tornando parte da condição humana. Ao longo de toda a evolução, ele assume diferentes sentidos, segundo os contextos vigentes. O que citei acima é de extrema importância, porém no post de hoje não vou tratar disso, nem dos impactos culturais e econômicos do trabalho. Hoje, vamos falar sobre os seus aspectos psicológicos e estratégicos nas vidas das pessoas. Pesquisas mostram que muitos indivíduos estão mudando e começando a buscar um trabalho que realmente traga significado à sua vida, que esteja compatível com seus valores e visão de futuro. Mas a dificuldade em dar o primeiro passo é o medo de muitos trabalhadores.
Devo investir meu tempo para ganhar dinheiro ou ser feliz?
Esse questionamento aflige milhares de pessoas que anseiam em produzir algo que é reconhecido, utilizado pela sociedade e com uma boa remuneração, mas nem sempre seus planos saem como o esperado, principalmente devido ao difícil mercado de trabalho. De acordo com Mark Albion, escritor do livro “Making a life, making a living”, se você é feliz antes de ganhar dinheiro, continuará sendo feliz, porém se você é infeliz antes de fazer fortuna, o dinheiro não lhe fará feliz. Além disso, Albion afirma que a satisfação no trabalho é um dos componentes da felicidade presentes em todos os níveis de renda. Mas, infelizmente, são poucos que conseguem encontrar satisfação pessoal no ambiente corporativo. Ter prazer no trabalho não depende somente de força de vontade, depende também das condições nas quais as atividades são realizadas, dos tipos de exigências e outros. Não sendo prazerosa, devido a forças externas, uma atividade exige um gasto maior de energia e muitas vezes maior do que o trabalhador consegue oferecer. Esta é uma das principais razões para as empresas começarem a investir em melhorar o clima organizacional, no sentido de levar as pessoas a encontrarem sentido no seu trabalho, através de uma participação efetiva e condições que promovam o sentimento de reconhecimento. Leia também “Cinco aplicativos para acelerar o ritmo no trabalho”.O que devo fazer se estiver infeliz no meu trabalho?
Se você não gosta do que faz existem dois caminhos a serem seguidos: mudar de trabalho ou mudar a percepção do trabalho. Ou seja, procurar perceber outros aspectos implícitos que possam gerar satisfação. Pessoas que trabalham com o que gosta têm maiores chances de obter mais ganhos. Sei que não é fácil para um indivíduo insatisfeito com seu trabalho mudar, mas passar a vida sem ter chance de encontrar prazer no que faz pode não só impossibilitar o sucesso, mas também tornar a pessoa frustrada. A mudança é dolorosa, mas se for bem planejada pode trazer resultados incríveis. A seguir, selecionei algumas perguntas para você se questionar:- Você trabalha com o que gosta?
- Você está fazendo a “diferença”?
- Se sente importante com o que está fazendo no trabalho?
- Vê necessidade de mudanças na sua vida profissional?