O afroempreendedorismo ganha cada vez mais força no Brasil

3 de dezembro de 2018 em Notícias

O empreendedorismo é a capacidade de identificar oportunidades, solucionar problemas e contribuir positivamente para a sociedade de maneira inovadora, que tem como objetivo criar novas empresas ou produtos que vão gerar mudanças em determinados setores. Em meio a tantos conceitos de empreendedorismo, surgiu o afroempreendedorismo, que além de carregar essas características citadas acima, também contém uma essência ideológica que tem como proposta um engajamento que alcança o público e reafirma sua raiz. É interessante ressaltar que esse tipo de empreendedorismo é excelente para gerar discussões sobre assuntos relevantes e de extrema importância, como inserção social, racismo e empoderamento. Essa iniciativa ganha cada vez mais importância no país, visto que promove a divulgação e comercialização de produtos ou serviços que valorizam a cultura negra. Segundo um levantamento de 2015 feito pelo Sebrae, em dez anos, a quantidade de empreendedores negros cresceu 29% no Brasil, e os números tendem a crescer cada vez mais. O estudo ainda indicou que o Comércio e a Agricultura são os setores que mais têm proprietários de empresas que se declaram negros (23%). O mercado profissional ganha cada vez mais empreendedores negros e muitos deles preferem apostar em um público que já conhecem bem: os afrodescendentes.

Suporte ao afroempreendedor
Em meio ao crescimento de negócios por todo o país, nasceu o Projeto Brasil Afroempreendedor (PBAE), que é uma iniciativa do Sebrae em conjunto com o Instituto Adolpho Bauer (IBA), o Coletivo de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros de São Paulo (CEABRA/SP) e a Associação Nacional dos Coletivos de Empresários e Empreendedores Afro-brasileiros (ANCEABRA), desenvolvido em nove estados. Entre 2013 e 2016 contribuiu para o desenvolvimento de mais de 1600 empresas lideradas por negros, assegurando oportunidades para a ascensão social e também o fortalecimento de líderes. Desse projeto, surgiu a organização da Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro), que é uma associação sem fins lucrativos responsável por dar suporte a iniciativas semelhantes às do PBAE. A Rede promove encontros, feiras e capacitações para troca de experiências e aprimoramento de práticas de gestão de empresas lideradas por negros. Podemos constatar que o afroempreendedorismo tem ultrapassado barreiras, principalmente com o grande número de projetos voltados para esse segmento, que têm ajudado o empreendedor a vencer no mercado de trabalho que, infelizmente, ainda tem raízes discriminatórias.
Dificuldades de mercado
De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Brasil possui atualmente 11 milhões de empreendedores afrodescendentes. Um número alto comparado há 10 anos atrás, onde o preconceito reinava. Ainda há muito a ser feito, porém o afroempreendedorismo tem transformado diversos segmentos e ajudado pessoas a realizarem o sonho no negócio próprio e inserção no mercado de trabalho.   Mas apesar do crescimento dos negros nos negócios, as dificuldades ainda são grandes. Segundo a Pesquisa Nacional Negro Empreendedor realizada pelo Baobá – Fundo de Igualdade Racial em parceria com o Instituto Feira Preta, em 2015,  “são públicos os fatores que dificultam o crescimento e fortalecimento do empreendedorismo negro, em larga escala, no país e um dos principais entraves se deve ao racismo institucionalizado brasileiro”. Além disso, outras razões podem estar relacionadas às dificuldades vivenciadas pelos negros no momento de empreender, como a falta de planejamento e capacitação administrativa, a informalidade, aposta em negócios de pouco retorno financeiro e outros. O que falta para termos mais negros empreendendo no Brasil? Conta sua opinião pra gente nos comentários e não se esqueça de compartilhar esse assunto tão importante com os amigos.]]>

O empreendedorismo feminino cresce no Brasil

6 de março de 2018 em Abordagem de Vendas, Dicas, Software de Gestão

As mulheres vêm conquistando e ganhando mais força no mundo corporativo. Essa participação crescente possibilita que no futuro, ambos os gêneros possam atuar igualmente no empreendedorismo. De acordo com a pesquisa “Empreendedoras e seus negócios”, elaborada pela Rede Mulher Empreendedora, as mulheres representam 43% dos empreendedores brasileiros. A maior parte delas atua como MEI ou sócias de micro e pequenas empresas. Outro levantamento importante apontou que 55% das empreendedoras têm filhos e que dentre essa porcentagem, 75% decidiram adentrar o mundo dos negócios após a maternidade. O crescimento de 14% na participação das mulheres no meio empreendedor nos últimos 14 anos tem servido como incentivo para muitas que querem se arriscar no mundo dos negócios. Porém, muitos empecilhos como o acesso ao crédito, definição do segmento do negócio, busca de equilíbrio entre atividades pessoais e profissionais são encontrados no caminho, por isso, é importante estabelecer alguns parâmetros para que a ideia saia do papel, como:

  • Participar de eventos de negócios;
  • Conhecer o universo empreendedor;
  • Identificar suas habilidades;
  • Procurar um mentor, alguém com mais experiência que pode oferecer um auxílio;
  • Acompanhar página de entidades de apoio.
Fazer somente uma pesquisa de mercado não é o suficiente, é importante testar o modelo de negócio, o fazendo funcionar como um protótipo, com clientes reais e investindo o mínimo possível nesta fase de teste.
Desafios enfrentados
Apesar dos visíveis avanços em relação à conquista de espaço da mulher nos negócios, ainda existem muitas dificuldades e desafios que impedem um crescimento ainda maior. Durante muito tempo, muitas pessoas acreditaram que a mulher foi feita exclusivamente para cuidar da casa e dos filhos, então, ela não tinha capacidade para executar nenhuma outra tarefa que não seja relacionada ao lar e maternidade. Com o passar dos anos, a mulher foi conquistando seu espaço em outros negócios. Entrou no mercado de trabalho, chegou a cargos de liderança e hoje tem seu próprio negócio. [caption id="attachment_7920" align="aligncenter" width="464"] Número de empreendedoras cresce, mas os desafios continuam![/caption] O caminho foi longo e ainda continua! A mulher precisa mostrar a sociedade que o seu lugar é onde ela quiser e que as características biológicas não limitam sua competência. Muitas empreendedoras, infelizmente, enfrentam esses obstáculos. É importante ter noção desses desafios, para superá-los, de forma igualitária aos homens. Também é relevante buscar apoio em outras empreendedoras, para compartilhar conhecimento e trocar experiências.
Chegou a hora de empreender
O tempo em que o empreendedorismo feminino não era encorajado ficou no passado, isso pode ser uma ótima alternativa para a mulher que quer se manter no mercado, mas encontra dificuldades em conciliar a função de mãe com o trabalho formal, por exemplo. Atualmente há diversas redes de apoio, como o SEBRAE, que oferecem capacitação e apoio para novos negócios. Uma pesquisa realizada pela entidade, mostrou que no Brasil existem mais de 7 milhões de mulher à frente de negócios no país. Portanto, se você tem vontade de empreender tenha foco, força e garra para realizar seu sonho. As oportunidades estão crescendo, o mercado também, aproveite! ]]>